sábado, 7 de dezembro de 2024

2359 - Ciclo dos sonhos

 


Sonhos não realizados,
Formam a nascente da desilusão.
A nascente transborda
Formando um córrego,
Que corre em terras secas de fé.
O córrego da desilusão
Junta se ao córrego do medo,
Assim surge o rio do desânimo.
Rio de águas turvas.
Sua correnteza destrói tudo.
O rio do desânimo tem pressa
Em desaguar no mar da depressão.
Poucos são os sonhos
Que sobrevivem
Aos redemoinhos deste mar.
Somente a fé mesmo que pequena,
Retira os sonhos
Dos redemoinhos do mar
E os transformam em vapor,
Levando os aos céus
E os devolvendo como chuvas.
Chuvas que trazem
Sementes de sonhos
Para almas secas de esperanças.
O ciclo dos sonhos
Fortalecem a humanidade.

Elise Schiffer