Restou lembranças.
Por todo lugar onde caminha a saudade,
O amor se faz vivo mesmo com a vida morta.
Lembranças são centelhas divinas,
Mantendo viva a esperança de um depois.
Restou saudades.
O céu de dois não brilha mais com antes.
As rosas de dois hoje são só espinhos.
O perfume do amor por vezes chega de mansinho.
Os momentos sem esperanças são o que ficaram.
Chorar já não abraça a solidão.
Restou caminhar.
A carcaça apoia-se nas lembranças,
Alçando voos suicidas em busca do futuro,
Alimentando-se com migalhas de sonhos,
Saciando a fome da saudade sem nutrir a alma.
O delírio da solidão flerta com a miragem do amor.
Restou a loucura
Dê Elise Schiffer para Rosemberg