Quando eu não puder mais escrever,
Doe para reciclagem o que restar de mim.
Digam as crianças que escrevi belas histórias,
E aos idosos que gravei lembranças em poemas.
Traduzi alegrias e saudades em palavras,
Lágrimas em orações cheias de esperanças,
Deslizando pelas linhas e entrelinhas dos sonhos.
Em mãos infantis gargalhei e pulei, fui pureza.
Desenhei sapo com asas e estrelas de óculos.
Deixo desenhos e palavras gravados em papel.
Fiz tudo com amor e respeito ao ato de escrever.
Cada traço desenhado por mim,
Tem o som de um coração apaixonado,
Que bailou comigo numa folha de papel.
As palavras não morrem.
Elas vivem a cada novo olhar de um leitor.
Eu parto feliz por ser mãe de palavras e desenhos,
Paridas por mãos escritoras e mentes sonhadoras.
Tenham sido adultas, idosas ou infantis.
As canetas que virão depois de mim,
Desejo mãos inspiradoras,
Mentes sonhadoras e
Corações apaixonados.
Eu vivi para amar a escrita e parto feliz.
De Elise Schiffer para sua caneta.
07/01/2024