Morre se antes de morrer.
Um longo parcelamento de dor,
Em forma de sombra nebulosa,
Acompanha o andante sonhador.
Perdemos avós, pais, irmão e filhos,
Que entregam se a novos caminhos,
presenteando nos com mais vazio
E descendo mais a cova rasa do silêncio.
Tantas são as perdas pelo caminho,
Que migalhas de doces lembranças,
Acobertam o chão do sepulcro vazio,
A espera da carcaça que morre a cada dia.
Elise Schiffer para Márcia