Ano novo sem sentido
Não há sonhos noturnos
Somente lembranças despertas
Não há estrelas no céu
Somente nuvens de lágrimas
Não há marés nas praias
Somente mar morto
Não há caminhada sem amor
Somente vielas de saudades
Ano novo sem sentido
Não há orvalho nas flores
Somente garoa de lágrimas
Não há luz na alma
Somente nevoeiro no coração
Não há aventuras sem estrada
Somente o perigo dos delírios
Não há sentido no amor sem vida
Somente a carcaça sobrevive.
De Elise para Rosemberg