quarta-feira, 6 de março de 2019

256 - A morte

A morte é vaidosa e caprichosa.
Seu comparecimento destrói vidas em dupla.
A vida que se finda ao ultimo suspiro
E a vida que fica findando se dia após dia.
Lágrimas e dor alimentam seu capricho.
Desejar morrer alimenta sua vaidade.
A esperança de uma continuidade,
É entorpecente para a dor da saudade.
O vazio do fim é faca de dois gumes,
Capaz de retalhar e sangrar o resquício de vida,
Alimentado apenas pelas lembranças do passado.

De Elise para Rosemberg.
Livro Montanha de Rosas IV.
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