sábado, 31 de maio de 2025

2533 - Grafia perfumada



O silêncio
Faz se grafia no cárcere da saudade
A grafia floresce em palavras
Que perfumam cada amanhecer
Tecendo com pétalas versos a buscarem...

No silêncio
Os versos perfumam os sonhos ocultos
Aromatizando as manhãs frias e solitárias
Despertando a esperança no amor
Surgindo estrofes com aroma de rosas que clamam...

Silenciosamente
As estrofes se agrupam
Perfumando a saudade que vive nas entrelinhas
O aroma da saudade exala pela janela da alma
Esperando incansavelmente pelo seu leitor...

No silêncio
Palavras, versos e estrofe tornam se rosas
Perfumando sonhos e realidades a cada amanhecer
O cárcere da saudade transforma se em jardim
Onde amores se encontram nas entrelinhas.


Elise Schiffer

quinta-feira, 29 de maio de 2025

2531 - Olhos fechados

 







Há uma saudade sem dor,
Uma saudade oca.
Caminhando de olhos fechados.
Capaz de observar tudo a sua volta.
Lembranças remetem
A lugares, épocas e pessoas,
Brilhando no cintilar das lágrimas.

A saudade sem dor,
É oca de felicidade ou angustia.
Passeia pela rotina
Enxergando através dos sonhos.
Assim a saudade
Encontra paz e ventura.
Olhos fechados descortinam o passado.

Saudade sem dor.
Sustenta o caminhar solitário.
Faz tour nas recordações.
Envolve os dias nas brisas do amor.
Expõem lembranças sem molduras.
É latifúndio no céu.
É somente olhos fechados.

Elise Schiffer

Pedras

 
















Pedras que dormem.
Pedras que sinalizam caminhos.
Pedras que guardam memórias,
Sorrisos e sonhos,
Dos momentos vividos.
Cada pedra um instante
De felicidade simples e plena.
Uma vida edificada por pedras,
De carinho e união.

Elise Schiffer
06/2024

terça-feira, 27 de maio de 2025

2529 - Passado.

 

Amado passado.
Tivestes...
Olhar de primavera.
Sorriso de verão.
Voz de sabedoria.
Lábios maliciosos.

Amado passado.
Temos...
As lembranças que o chamam.
Por que o amor é vivo.
Como sol encoberto,
Que faz o dia amanhecer.

Amado passado.
Somos..
Pequenas recordações,
Que atraem o amor para perto.
Por que o amor é como a lua,
Ilumina a escura solidão.

Amado passado.
Fostes...
Olhar de mistério,
A desnudar os sonhos.
Sorrisos de luz no breu da vida.
Lábios que acenderam desejos.

Amado passado.
És...
O sol que aquece,
As lembranças e a saudade,
Na campina da esperança,
De um novo recomeço.

Elise Schiffer

segunda-feira, 26 de maio de 2025

2164 - Filho















Ter um filho no ventre e ama lo,
Eternamente.
Ter um filho nos braços e ama lo,
Ilimitadamente.
Ter um filho no colo e ama lo,
Constantemente.
Ter um filho pelas mãos e ama lo,
Seguidamente.
Ter um filho sob o olhar e ama lo,
Cuidadosamente.
Ter um filho conquistando o mundo e ama lo,
Permanentemente.
Ter um filho ausente e ama lo,
Desassossegadamente.
Ter um filho indiferente e ama lo,
Angustiadamente.
Ter um filho é ama lo,
Infinitamente.
Elise Schiffer

sábado, 24 de maio de 2025

2526 - Tempo de palavra

 

Com palavras
Reescrevi o tempo,
Dando lhe um mundo sem solidão.
Fiz um céu com nuvens de sonhos,
Fiz jardins com flores de beijos,
Fiz árvores que abraçam,
Fiz mares com ondas de fé
E fiz me pérola…
Aconcheguei-me na concha das lembranças
E adormeci…
O tempo feito de palavras
Conduz a saudade
Ao paraíso chamado passado.


Elise Schiffer

quarta-feira, 21 de maio de 2025

2523 - Alma silenciosa

 

A vida hiberna.

A alma silencia
diante da perda.
O coração geme baixinho
a dor da saudade.
Lembranças e sonhos
perdem seu norte.

A vida hiberna.

O nobre coração apaixonado
sonha na sonolência extrema.
Sonho e amor num sopro divino
tornam se reais a vida que hiberna.
No êxtase da loucura
a alma silenciosa é afagada.

A vida hiberna.

Elise Schiffer

segunda-feira, 19 de maio de 2025

Livros e Liberdade

 

O livro é um valente guerreiro.
Conquista a todos
Como libertador de sonhos.
No mundo de Gutemberg
A igualdade é o grande valor.
Os livros saciam a sede do saber.
Semeiam pensamentos.
Direcionam multidões.
Libertam revoluções.
O livro é um valente guerreiro.
Liberta o presente oprimido.
Salva o futuro das nações.
Sua função é fecundar
Verdades e esperanças,
Nas multidões acostumadas
Com chibatadas nos sonhos nus.
A multidão se liberta da corrupção,
Quando os livros iluminam
Mentes e corações.


Elise Schiffer
Maio/2017

domingo, 18 de maio de 2025

2519 - Escritos e saudades


Escrevendo, tentando, insistindo.
Buscando um novo caminhar.
A saudade ensina,
Perder é um aprendizado.
Sem alarde a vida é liberta da dor.
Reflexos antigos são apagados.
A solidão torna se amiga.
O luto virá companheiro.
"Longe" ganha um novo sentido.
"Sem volta" faz se ilusão.
O novo caminhar
É pavimentado com lembranças.
Ladeado por jardins de palavras.
No céu cintilam sonhos.
Lágrimas viram palavras.
As palavras viram poesias.
Poesias que transformam a saudade
Em textos de amor.
Escritos e saudades
Cruzam olhares apaixonados,
Diariamente.

Elise Schiffer 

sexta-feira, 16 de maio de 2025

2518 - O tempo

 

O tempo...
Será anjo ou demônio?
Ele cura dores
E destrói esperanças.
Tira a juventude
E dá sabedoria.
Tira o amor
E deixa lembranças.
Descortina verdades
Antes imperceptíveis.
Aguça certezas
De abraços e beijos
Não ofertados.
Sorrisos e lágrimas
Desperdiçadas.
O tempo é o inquisitor,
Da migalha concedida,
Como ingresso vip
Para está encarnação.

Elise Schiffer

2517 - Fingindo

 

Esquecer não é possível.
Fingir esquecimento ameniza,
A culpa pela espera sem fim.

O coração não sabe desamar,
Segue sofrendo por uma ilusão.
Fingindo ser amado a distância.

Um virou dois para Um partir.
Perder foi o que sobrou para dois
E o amor ficou sem rumo.

Esquecer não é possível.
Não há como negar o bem querer.
A dor prova não haver ruptura.

O erro é bordar lembranças,
Escrever saudades em versos,
Declamar só para as estrelas.

Metade é fração vazia.
Não é possível adicionar nada,
Só amar fingindo não amar.

Elise Schiffer

quarta-feira, 14 de maio de 2025

Solidão

                                                               


Solidão Benquista
Amante persistente 
que espreita década após década.
Solidão Voraz
Como predadora é incansável 
e se faz presente seja dia ou noite.
Solidão Experiente 
tenta seduzir a juventude
ciente das dificuldades em obter vitória.
Solidão Persistente 
torna se amiga durante a maturidade 
ganhando terreno vagarosamente.
Solidão Experta
Num golpe fatal abate sua presa
e por usucapião torna se dona do coração.
Solidão Saciada
Abatida a presa é hora da partida
buscando por novas conquistas.
Solidão.


Elise Schiffer  /  Ano 2016

2516 - Sentimento

 

Saudade
Ela não faz ruído é silenciosa,
Corroendo a alma.
Recordações
Ela recolhe cacos das lembranças.
Transformando tudo em flores.
Campo de flores
O amor colhe flores do coração
E segue sem correspondência.
Atemporal
A vida reinventa o sentimento,
Que teima se fazer presente.
Invisível
Sem ser visto ou sentido
O amor apenas sobrevive.
Passado
Lembranças cicatrizam a dor
Sem costuras visíveis.
Dando forças ao prosseguir.

Elise Schiffer

2516 - Desfecho

 

2.516 dias de separação.
Somente agora o desfecho.
Buscar o amor nos sonhos...
Muitas foram as buscas.
Encontros e desencontros...
Muitos momentos de abandono.
Persistir num elo...
Muitas foram as tentativas.
Cartas, versos, poesias e ...
Muitas palavras sem entregas.
Perguntas, trilhas e procuras...
Muitas foram as vezes.
Sentar se a mesa para esperar...
Muitas esperas em sete anos.
Postergado está o sonho...
Muito difícil aceitar o abandono.
O elo foi e está rompido...
Restando apenas prosseguir.

Elise Schiffer

terça-feira, 13 de maio de 2025

2515 - A ponte

 

Saudade
é ponte de palavras.
Dando acesso
aos amores apartados.
Caminho de mão única
para os versos.
A ponte de palavras
é esperança de um elo.
Sentimentos
trafegam em prosa.
Sem a certeza
da chegada ao destinatário.
Os versos
são passageiros constantes.
O alicerce
é a dor da ausência.
A iluminação
é o brilho das lembranças
E a sinalização
poemas de lamentações.

Elise Schiffer

segunda-feira, 12 de maio de 2025

2514 - Fui/Sou

 


Fui barco no seu mar.
Fui estrela no seu céu.
Fui chuvisco nas suas rosas.
Fui…
Sou barco sem mar.
Sou estrela sem céu.
Sou chuva sem solo.
Sou…
Fui primavera no outono.
Fui fruto sem árvore.
Fui rosa de uma Montanha de Rosas.
Fui...
Sou inverno no verão.
Sou árvore seca pela solidão.
Sou espinho sem a rosa.
Sou...

Elise Schiffer para Rosemberg

sexta-feira, 9 de maio de 2025

2511 - Escrita

 

Papel, caneta e sonhos.
Arrebataram um coração solitário.
A paixão surgiu na alfabetização.
Os livros albergaram a adolescência.
As entrelinhas embalaram os sonhos
E assim nasceu uma escritora.

Papel, caneta, sonhos e um amor.
Caminharam por vielas tortuosas.
Tendo a escrita como certeza diária
E a esperança de seguir escrevendo.
Seja no céu ou inferno, desde que haja
Papel, caneta e leitores.

Papel, caneta e saudades.
Descrevem o caminhar da sua escrita.
Com os sonhos deixados para trás.
Alegrias moldando sua fé nas palavras.
Desejos não realizados e os realizados,
Através do papel, caneta e amores.

Elise Schiffer

quinta-feira, 8 de maio de 2025

2510 - Prisma do amor

 

Minhas palavras
São facetas do prisma da saudade.
Facetas que resplandecem
A luz da união fundida no olhar.
Prismas da alma
Irradiam poesias de um caminhar.
A solidão invisível a muitos
Decompõe a saudade em versos.
A cada amanhecer
Versos brilham no céu da saudade.

Elise para Rosemberg

terça-feira, 6 de maio de 2025

2507 - Transbordar


Palavras transbordam
Permitindo mergulhar
No rio da saudade.

Olhos transbordam
Permitindo extravasar
Palavras que abraçam.

Elise Schiffer

2507 - Jardim dos sonhos

Semear lágrimas
no jardim dos sonhos,
É transformar
desertos em jardins.
Lágrimas
carregam afetos,
Germinando
flores de lembranças.
Flores
diminuindo saudades da alma desértica.
Lembranças
transformadas em flores
perfumam e colorem a vida.
O escritor se faz beija flor
voando na floricultura de palavras.
Poesias
são flores no dia a dia dos apaixonados.
Livro de poesias
são jardins de saudades,
perfumando sonhos dos que amam.
Revivem bons momentos,
é dar vida as entrelinhas.

Elise Schiffer para Rosemberg.

sábado, 3 de maio de 2025

2496 - Poesia

 


Onde mora a poesia?
No olhar de quem vê beleza
onde ninguém mais enxerga.
Um galho seco jogado na rua.
Sobras de linhas que não serviriam
pela pouca quantidade.
Restos de tintas.
Um bastidor cansado de tanto uso.
Assim surge a poesia da transformação.

Elise Schiffer
24/04/25

Bordado inacabado.



sexta-feira, 2 de maio de 2025

2504 - Palavras

 

Meu romance com as palavras
É infinito, sereno e imutável.
Nos apaixonamos ainda na infância
E amadurecemos juntas com o tempo.
Viajamos e sonhamos em busca de amores
Ocultos nas entrelinhas da mente e do coração.

As palavras fizeram se companheiras
E foram o sacramento para erros praticados.
Secaram o pranto da saudade
Liberando ingresso a ilusão que aconchega.
Escritor e palavras deliram juntos
Criando um elo inquebrável - a amizade.

Meu romance com as palavras
É um casamento que gerou descendentes.
Filhos fictícios que habitam os textos
Amando, chorando, sorrindo e crescendo.
São figuras que amam impulsionando a vida
Repletos de sonhos e saudades buscando por leitores.

Elise Schiffer

quinta-feira, 1 de maio de 2025

2503 - Legado

 


O legado do amor,
Que sobrevive no pós morte,
São lembranças estrelas,
A iluminarem o caminhar solitário,
Dando direção no prosseguir.

O legado do amor,
Que uni amores apartados,
São constelações de lembranças,
Transmutando espera em sonhos,
Vencendo a solidão.

Elise para Rosemberg