O luto é amassado, moído e triturado.
A moenda do tempo transforma a dor.
O que antes era vida torna se bagaço.
A vida resiste a moenda do tempo,
Mantendo as lembranças doces,
No bagaço moído e triturado.
Assim o luto modifica se...
Assim a vida segue...
Assim o amor aguarda...
Assim a garapa da dor,
Faz se doce pelo próprio tempo.
Perpetuando a união no imaginário.
Embriagando a saudade que chora.
Retirando das fibras do bagaço,
A força para adoçar a vida solitária.
O doce do amor…
O doce da vida…
O final com um depois…
Elise Schiffer para Rosemberg