sábado, 31 de dezembro de 2022

1652 - Fartei me

 

Fartei me de vida
Fartei me de gargalhar e chorar
Fartei me de amar e desamar
Fartei me de sonhar e desejar
Fartei me de orar com e sem fé
Fartei me de felicidade e dor
Fartei me de bons momentos
Hoje...
Fartei me da vida
Fartei me das gargalhas e dos choros
Fartei me do amor e dos desamores
Fartei me dos sonhos e dos desejos
Fartei me da oração com e sem fé
Fartei me da felicidade e da dor
Fartei me até dos bons momentos.
E agora?
Farta estou no meio fio da vida
Farta estou sufocando gargalhadas e choros
Farta estou de amar e ser desamada
Farta estou dos sonhos e desejos sem realidade
Farta estou de orar tentando ter fé
Farta estou de maquiar a felicidade e a dor
Farta estou das lembranças dos bons momentos
Até quando?

Elise

1652 - Estação da união

No rio dos teus olhos
Mergulhei fundo e deixei me afogar
Para nunca mais emergir

Na brisa dos teus sorrisos
Deixei me flutuar seguindo-o
Para nunca mais ficar longe de ti

No calor dos teus beijos
Guardei meu coração
Protegendo-o do frio da solidão

Em suas mãos carinhosas
Coloquei meu destino
Confiante na estrada da união

Agora...

No rio dos teus olhos
Mergulhar não é mais possível
Suas águas são profundas e sem leito

Na brisa dos teus sorrisos
Flutuar não é permitido
Restou observar as nuvens revoando

Nas frias lembranças dos seus beijos
Congelei meu amor
Protegendo-o da morte por solidão

Sem suas mãos gentis
Meu destino caminha sem direção
Confiante em chegar na estação da união


De Elise para Rosemberg

segunda-feira, 26 de dezembro de 2022

1647 - Algibeiras das entrelinhas

Há MDCXLVII dias
a saudade transmuta se em versos
Há MDCXLVII dias
os versos enroupam poemas
Os poemas ocultam
a dor nas algibeiras das entrelinhas

Há MDCXLVII dias
versos, poemas e dor afagam a loucura
Há MDCXLVII dias
a loucura governa em solo desabitado
Na ditadura da loucura
os sonhos são companheiros fieis

Há MDCXLVII dias
a bagagem do amor está pronta
Há MDCXLVII dias
o ingresso está quitado e preenchido
Restando aguardar a chamada
do embarque a qualquer momento

Elise Schiffer para Rosemberg

quinta-feira, 22 de dezembro de 2022

1643 - Débitos

Saldar débitos
Antes da pesagem do coração
Trilhar o caminho silencioso
Que o seus vivenciaram
Curtir preocupações
Que imperaram nas mentes dos seus
Calar os sonhos
Nos dias sem lunação
Ouvir o tempo ranger
Lembranças enferrujadas

Zerar débitos
Antes de transpor a soleira espiritual
Aconchegar o próprio coração
Sem esperança ou rumo
Embalar os medos
Do pretérito com pétalas de saudades
Ouvir o silêncio
Que ocupa todos os cantos da alma
Falar sozinha
Para ouvir os ecos do amor distante

De Elise para Rosemberg



domingo, 18 de dezembro de 2022

1639 - O Tempo II

Palavras sagradas afirmam
Haver um tempo para tudo
Tempo de nascer
Iniciando o caminho do amor
Tempo de morrer
Findando o caminho do amor
No caminho amando e errando
Amando e acertando ou só cuidando
Como encurtar o caminho?

Palavras sagradas afirmam
Haver um tempo para tudo
Orar não é suficiente
Fechar as cortinas é um desejo
Quando estamos de joelhos sem fé
A implosão da esperança
Finda um projeto de amor 
O caminhar sem proposito
é o tempo do amor sem reciprocidade

Elise


sábado, 17 de dezembro de 2022

1638 - O tempo

O Tempo é carrasco implacável
rompendo elos com sua lâmina
Cisão da união
O amor apartado evapora
deixando quem fica sem amparo
Divisão de um em dois 
Lembranças sobrevivem
dando continuidade ao passado
Fração da vida
Sonhos escassos iluminam o futuro
que cambaleando aguarda seu fim
Parte agonizante
O presente sem vida
se faz notar pelo ranço da morte
Naco de dor
A cada novo amanhecer
mais distantes estão os apartados
Longínquos no universo das almas
O tempo é o algoz do amor
impedindo qualquer ligação
Desapego forçado
O distanciamento cria uma lacuna
onde o silêncio impera sob neblinas
Véu da solidão

Elise


quinta-feira, 15 de dezembro de 2022

1636 - O amor


O amor grandioso liberta
O amor deseja o bem mesmo distante
O amor é maior que o egoísmo
O amor grandioso ampara
O amor é feliz ao saber que o outro está feliz
O amor é latifúndio de boas lembranças
O amor grandioso não morre
O amor vence o tempo viajando ao passado
O amor é muito maior que a separação
O amor grandioso é semente
O amor que floresce de mãos dadas é eterno
O amor de dois sobrevive num único coração

De Elise para Rosemberg

terça-feira, 13 de dezembro de 2022

1634 - MDCXXXIII

MDCXXXIII dias de rotações do luto.
A saudade gira no eixo vida e morte .
Dias e noites alternam padecimentos.
A dor é dissolvida pelo tempo.
Lágrimas vivem períodos de estiagem.
Lembranças tornaram se árvore frondosa
E hoje sua sombra alberga a vida solitária.

De Elise para Rosemberg

domingo, 11 de dezembro de 2022

1632 - Quebra cabeça


No quebra cabeça da vida
Peças são mantidas ou substituídas
Protegendo a conexão do núcleo do jogo
Todas as peças são móveis e encaixáveis
Porque se harmonizam no todo
Lindas e coloridas paisagem são formadas
Peças são unidas e separadas
Todas são essenciais ao cenário
No quebra cabeça da vida
Surgem peças maiores ocupando mais espaço
Embora o colorido seja sempre exuberante
Peças do inicio do jogo ficam arcaicas ao cenário
São peças amareladas e amassadas
Assim novas imagens fazem a evolução do jogo
Sem espaço no atual cenário do quebra cabeça
A peça inicial subtrai se das jogadas
Num canto qualquer aguardando o descarte
O quebra cabeça da vida é renovado
A cada saída ou chegada de pecas ao jogo

Elise Schiffer

sexta-feira, 9 de dezembro de 2022

1630 - Loucuras


Como é prazeroso
Peregrinar no Jardim da Loucura
Neste universo tudo é permitido
No Jardim da Loucura
Cartas atravessam o portal da morte
Chegando ao destinatário apartado
No Jardim da Loucura
Poesias bailam no céu
O vento sussurra baixinho os versos
Deixando o apartado vaidoso
Ao saber que são para ele
Neste mundo amores se encontram
Porque o amor é luz
Abraços e beijos unem as saudades
Porque os apartados vivem na loucura
No Jardim da Loucura
O céu é estrelado por sonhos
A lua ilumina os apaixonados
Os dias são floridos e refrescantes
Pássaros voam e a natureza canta
A loucura é aconchegante ao unir
Mundos separados por vida e morte
Como é prazeroso
Peregrinar no Jardim da Loucura
Neste universo tudo é permitido

De Elise para Rosemberg

terça-feira, 6 de dezembro de 2022

1627 - Percurso


Chegamos ao mundo
com um percurso traçado.
Durante a caminhada
buscamos atalhos e descanso.
O percurso é mantido
apesar dos risos e dores pelo caminho.
Sol e chuva fazem germinar sementes
que perfumam os atalhos.
Alegrias e turbulências
causam alheação do dever a cumprir.
No final ao cruzarmos a ponte
o coração cobra o combinado.
- Percurso cumprido?
- Não! Responde a consciência.
Resta a submissão forçada
diante do compromisso assumido.
- Conviver em harmonia Silêncio e a Solidão
Assim cruzamos a derradeira ponte
em silêncio profundo e solitariamente.
A cada passo solitário revisamos
o percurso e o aprendizado final.
Na linha de chegada
a bagagem oficial é o amor.
Amor pelas pedras e flores do caminho
confiando estar um pouquinho melhor.

Elise Schiffer

domingo, 4 de dezembro de 2022

1625 - Um sonho

Há um sonho pairando sobre o Amor
Persistente tece poemas no coração.
Um desejo guardado na alma
Suplica a Deus que seja atendido.
O futuro com esperança ilumina o caminho
E os céus sonham olhando para o Amor.
O sonho do Amor junta se aos sonhos dos céus
Formando poemas de resignação.

De Elise para Rosemberg

sábado, 3 de dezembro de 2022

1624 - Tratamento alternativo

 

No hospital da vida...
Dr. Tempo prescreve
O analgésico "Sonho" de 12 em 12 hs.
Seu efeito paliativo
Causa satisfação momentânea.
Como todo analgésico,
Não cura, mas permite que o corpo
Se refaça do abatimento causado
Pela febre persistente da saudade.
Dr. Tempo recomenda
O uso do Soro da fé,
Administrado em porções pequenas
E nos intervalos sem febre.
O doente deve alimentar se
De sopas temperadas com boas lembranças,
Para o fortalecimento do corpo e da alma.
Os curativos são Orações,
Que cicatrizam lesões persistentes, sem arder.
Assim o hospital da vida
Vai tratando os enfermos
Contaminados pela saudade.

Elise Schiffer

quinta-feira, 1 de dezembro de 2022

1622 - Sonhos

 


No mais fundo dos sonhos
Lábios se tocam com ternura
A saudade evapora
O carinho floresce
O companheirismo acoberta almas
Há beijos com inspirações divina
E palavras que abraçam corações

No mais fundo dos sonhos
Estar com o amor é uma bênção dos céus
A saudade é abrandada
O carinho trás fé ao coração
O companheirismo é consolidado
Os beijos abrandam a saudade avassaladora
E palavras reafirmam o compromisso

No mais fundo dos sonhos
O retorno solitário é inevitável
A saudade torna se brisa momentânea
O carinho fica na mente
O companheirismo é reavivado na alma
Beijos de despedida molham os olhos
Palavras confirmam "até breve"

De Elise para Rosemberg

terça-feira, 29 de novembro de 2022

1620 - Mentiras

 

Lampejos de um sonho
Onde o amor está presente
A mente brinca com a dor
Descolorindo a saudade
Cativa dos sonhos
A dor adere ao deboche

O sonho preenche o vazio
Deixado pela partida do amor
A mente anestesia a dor
Não deixando a saudade sangrar
Enclausurada no sonho
A dor mente haver um elo

De Elise para Rosemberg

segunda-feira, 21 de novembro de 2022

1612 - Caminhos das lágrimas

Coração solitário chora...
No banho o pranto desagua
e mistura se a água
Lágrimas de saudades
seguem por caminhos silenciosos
Correm e chegam aos rios
e finalmente ao mar
Na imensidão do mar
as lágrimas ficam em desalento
Sem perceber o calor da vida
essas gotas são levadas aos céus
A energia das lágrimas
alcançam o brilho de sua metade
Por instantes os brilhos se unem
e tornam se vidas iluminadas
Refeito o amor consola saudade
e a devolve para uma nuvem
Cumprir o ciclo da vida
é a lei imutável e imprescindível
Saudade refeita e em gotas
junta se a nuvem preste a desmoronar
Gotas de lágrimas
caem acariciando quem chorou
Coração solitário
sorrir ao sentir a chuva tocar em seu rosto
Céu e Terra no intercambio do amor

Elise

domingo, 20 de novembro de 2022

1611 - Desatino

Displicentemente 
a melancolia toma conta da fé
O jardim florido 
abre espaço as ervas daninhas
A reciprocidade do amor amigo 
fenece sem a mão estendida

Delicadamente
sonhar torna se desvario
Ervas daninhas
acomodam a melancolia sob a terra
O amor amigo 
renasce no desatino solitário

Elise

sexta-feira, 18 de novembro de 2022

1609 - Ciclo do luto

A dor do luto passa restando apenas a saudade
Inverno do luto
A saudade amansa abrindo espaço as lembranças
Primavera do luto
As lembranças semeadas florescem em sonhos
Verão do luto
Os sonhos não vividos desnudam se em dor
Outono do luto

Neste ciclo infinito habita o luto

O silêncio conversa com a saudade
Outono do luto
A solidão reprime a saudade e oculta as lembranças
Inverno do luto
As lembranças são fragmentadas em sonhos
Primavera do luto
Os sonhos formam nuvens que choram a dor da saudade
Verão do luto

Neste ciclo infinito coabitam luto e dor

Elise Schiffer

 


terça-feira, 15 de novembro de 2022

1606 - A última chuva








A última chuva
Abraça o corpo em solidão
Canta suavemente a melodia das águas
Esfria a saudade que queima

A última chuva
Recebe os festejos dos pássaros
Acaricia o bailar das árvores
Acolhe o perfume da terra molhada

A última chuva
Leva embora o medo do fim
Acalma o coração cheio de culpas
Embala o sono da carcaça fétida

Elise



segunda-feira, 14 de novembro de 2022

1605 - Último tomate do caixote






Houve o tempo dos delírios,
onde tudo era possível.
Os delírios possuíam um fio de prata
capaz de unir vivos e mortos.
A roupagem dos delírios foram cartas e poesias.
O tempo correu e 1.601 dias passaram.
Depois de intensos sonhos, o despertar foi inevitável.
Despertar na realidade cruel.
NÃO HÁ CONTATO!
Reconhecer a solidão dentro e fora da carcaça é algo difícil,
porque o silêncio amordaça a alma que mingua dia a após dia.
Há um depois?
Sim! Sim!
Apenas quem fica torna se "o último tomate do caixote".
Quando a vida se for?
O caminhar será solitário com uma mala pesada na mão,
onde estarão guardadas todas as lembranças de uma vida,
risadas e o amor acumulado no coração.
As lembrança, as balburdias e o amor pularão dentro da mala de forma frenética,
mantendo viva a esperança de um depois com vida.
Não deixando que a carcaça silenciosa desapareça na vida espiritual.
Assim caminhará a menina
que nunca conseguiu ter o vaso da felicidade empanturrado.

Elise Schiffer

14/11/23

domingo, 13 de novembro de 2022

1604 - Fartei me

Fartei me de vida
pecando e escrevendo
Nasci, caminhei e amei
pecando e escrevendo
Amei, procriei e amei
pecando e escrevendo
Cuidei, velei e amei
arrependida e escrevendo
Minha'lma chorou e amou
arrependida e escrevendo
Tornei me silêncio e amando
arrependida e escrevendo
Fartei me da vida


De Elise Schiffer


sábado, 12 de novembro de 2022

1603 - Silêncio

O Silêncio é um amante persistente
Espiona, cerca, até tornar se presente
A morte...
Instalado atrofia a saudade
Transformando o passado em partículas
A vagarem pelo céu em formas de nuvens
Lembrando os dias ensolarados e felizes
Onde a vida era uma algazarra
O luto...
O Silêncio trucida sem piedade a dor
Aloja se na alma e no coração
Sem resistência a conquista
A carcaça...
Dominada a alma, o Silêncio vai embora
Como bom amante deixa suas marcas
Em forma de um deserto sem vida
E segue seu caminho de conquistas

De Elise Schiffer

quarta-feira, 9 de novembro de 2022

1599 - Olhar

Entre o primeiro e o último olhar
Há um jardim repleto de vida

A semente do amor é semeada
No primeiro olhar

Florescendo em corações afins
O amor torna se arbusto cheio de fé

O caule robustecesse nas cumplicidades
Quando mãos entrelaçadas tornam se uma

A copa deste amor abriga a família
Com novos e velhos membros

A florada da árvore da vida
Desabrocha flores cor de confiança

Entre o primeiro e o último olhar
Há um jardim repleto de vida

E novas sementes aguardam semeaduras
Com florada em corações afins


De Elise para Rosemberg

sexta-feira, 4 de novembro de 2022

1595 - Escrever

Escrevendo...
Ao delinear cada letra
Vou transcrevendo os sonhos
Num compromisso de fidelidade
Escrevendo...
Dedico me exclusivamente a você
Transfigurando a saudade no desejo
De estar contigo num jardim de palavra

De Elise para Rosemberg

1595 - Sempre / Nunca

Unindo o passado ao futuro
Criamos o devaneio do SEMPRE
Onde o NÓS seríamos perpétuos

Unindo o presente a solidão
Floresce a realidade do NUNCA
Onde o VAZIO é implacável

Num elo infinito o SEMPRE
Com poderes do passado e do futuro
Encarcera o presente numa solitária

Sem tempo o NUNCA padece
Gemendo e chorando
Pelas falsas promessas do SEMPRE

De Elise para Rosemberg



quinta-feira, 3 de novembro de 2022

1594 - Tempos

Palavras que descrevem a saudade
Versos que declamam o silêncio
Poesia de um amor ensandecido
Entrelinhas sem tempo linear

Gritos internos com a saudade
Diálogos da solidão com o silêncio
Frases em cartas sem destinatário
Entrelinhas num tempo cíclico

Na loucura o calendário é circular
Passado e Presente podem se tocar
As entrelinhas formam poesias

Na saudade o calendário é horizontal
O Presente apenas caminha sem Futuro
As entrelinhas tornam se desesperança

De Elise para Rosemberg

quarta-feira, 2 de novembro de 2022

1593 - Luz

Seu amor
iluminou meu horizonte.
Trouxe
vida e criou esperança.
Encheu
meu dias de beleza.
Com flores
deslumbrantes.
A luz
do seu olhar.
Iluminou
minha escuridão.

De Elise
Para Rosemberg

1593 - O amor vive

O amor silencioso
ocupa todos os espaços interiores
A alma conversa
com miragens do passado
Os olhos cansados
refletem uma esperança pequena
As mãos se ocupam
escrevendo flores nos bordados
A boca sussurra
poemas entre as entrelinhas das laçadas

O amor tristonho
esconde se por trás do coração
A alma sem diálogo
pergunta e responde ao mesmo tempo
Os olhos sem campo visual
buscam imagens na felicidade da alma
As mãos envelhecidas
escrevem sonhos com linhas
A boca calada
canta versos ao laçar a saudade com suas linhas

De: Elise

Para: Rosemberg, Martha, Irtes, Alberto, Zulmira e Dulce

sábado, 29 de outubro de 2022

1589 - Bom dia

Bom dia!
A você que vive nas minhas lembranças.
Bom dia!
A você que faz morada em meu coração.
Bom dia!
A você que coloriu o passado e perfuma o presente.
Bom dia!
A quem chamo Montanha de Rosas (Rosemberg)

O tempo correu!
O desassossego da saudade aquietou se.
O tempo correu!
As súplicas sofreram metamorfose.
O tempo correu!
Vê ló em sonhos ficou distante como as estrelas.
O tempo correu!
Restou amasiar me com a loucura,

De Elise para Rosemberg

quinta-feira, 27 de outubro de 2022

1587 - Raiz do amor

No jardim da Saudade
A florada das lembranças
São regadas por lágrimas
Que alentam as raízes do amor

No céu da Saudade
Os astros observam as lembranças
Sendo protegidas por sonhos
Que aguçam as raízes do amor

No solo da Saudade
As raízes do amor são acolhidas
Preservando sua essência - a paciência

No ar que afaga a Saudade
As brisas acariciam as lembranças
Refrigerando as raízes do amor

De Elise Para Rosemberg



quarta-feira, 26 de outubro de 2022

1586 - Você

Bom dia!
Um bom dia que não chega
a você.

Esteja bem!
Um desejo que se perde no caminho
até você.

Cartas!
Que não encontram o destinatário
que é você.

Persistência!
Loucura que engabela a saudade
de você.

Silêncio!
Último capítulo a ler antes de fechar o livro
de nós dois.

De Elise para Rosemberg



1586 - Livro sem fim

Um livro sem final
seu epilogo ressuscita o protagonista
que partiu ficando nas entrelinhas

A concepção da primeira página
foi forjada com dois olhares
que convergiram num mesmo desejo

Os capítulos mudaram seus cenários
novos personagens surgiram
somente o amor resistiu ao tempo

O prólogo da caminhada
apagou se após o primeiro sorriso
dando espaço as novas narrativas

Hoje o livro sem fim
reescreve capítulos antigos com o protagonista
revivendo o amor e a saudade das entrelinhas

De Elise para Rosemberg

domingo, 16 de outubro de 2022

1576 - Haja

Haja paz na mente
Onde lembranças vivem em ebulição
Haja sintonia com as confidências 
Onde petições agrupam se em sonhos
Haja amor vivo a cada amanhecer
Onde a saudade vive retida nos sonhos
Haja paciência nos dias silenciosos
Onde o vazio desvirgina a esperança
Haja você vivo em mim
Onde posso ama ló vencendo a morte

De Elise para Rosemberg

quarta-feira, 12 de outubro de 2022

1571 - Houve/Há

Houve dias de alegrias, barulhos e amores.
Houve dias de amor acolhedor, protetor e amigo.
Houve companheirismo, desejos e ranhetices.
Houve passeios longos, curtos e em sonhos.
Houve beijos ao sair, chegar ou até sem motivos.

Há lembranças, cartas e poemas.
Há silêncio interno, vida desabitada e solidão.
Há saudades, vazio e separação.
Há medos, amor e ilusão
Há espera, lágrimas silenciosas e orações sem fé.

De Elise para Rosemberg

domingo, 9 de outubro de 2022

1569 - Silêncio II

Silêncio interno
A alma faz se emudecida
O coração não clama mais
A dor não resmunga nem geme
A mente vive só de imagens

Silêncio externo
A alma aquieta se na balburdia
O coração solitário ama calado
A dor banha se em lágrimas 
A mente vive sem roteiro

Silêncio desalmado
A alma é sufocada pela solidão
O coração camufla o amor que vive
A dor aprende divagar no passado
A mente sonha para viver

De Elise para Rosemberg

sábado, 8 de outubro de 2022

1568 - Dor

Basta um instante
Duas vidas
Um único olhar no mesmo segundo
Esta selado o amor
Amizade, companheirismo e desejo
O caminhar torna se forte

Basta um instante
A vida torna se só
O olhar não acha mais seu reflexo
Esta selada a solidão
Silêncio, vida e dor
O caminhar torna se vazio

Basta um instante
A vida percorre as frações do tempo
Carregando a dor sem razão para seguir 
Vida e dor vivem vencendo os minutos
A noite o silêncio espreita suas vítimas
Vida e dor estão aprendendo a se aceitarem

De Elise para Rosemberg

sábado, 1 de outubro de 2022

1561 - Silêncio

O silêncio da saudade é devasso
Sem regras invade o todo a sua volta
Como um degenerado rompe com tudo
Tentando codificar um novo passado
Criando lembranças vivas no presente

O silêncio da saudade é cruel
Desfaz as características do amor
Criando esperanças rumo ao futuro morto
Com lembranças codificadas sem legendas
Num presente surdo com um futuro sem fé

De Elise para Rosemberg


quinta-feira, 29 de setembro de 2022

1559 - O amor é

O amor se mantem vivo
Nas lembranças simples
Sem fatos extraordinários

O amor é carinhoso
Sua presença é lealdade
Te amo e mãos dadas unidos

O amor é laço sem nó
Fio curto unindo extremidades
Ligando grandes amores

O amor é magnetismo
Atrai e nos faz feliz
Unindo amantes e amigos

De Elise para Rosemberg

segunda-feira, 26 de setembro de 2022

Meu Pedro

Dia iluminado
O céu veio a terra
Dando me um tesouro
A quem chamei Pedro
Pedro, Pedrinho, Pedrão
Pedra, Pedrinha e hoje Rochedo
Luz que germinou em meu ventre
Cresceu, floriu e fez se árvore
Árvore que deu frutos

Dia iluminado
A terra agradece aos céus
O tesouro recebido
A quem chamei Pedro
Pedro, Pedrinho, Pedrão
Pedra, Pedrinha e hoje Rochedo
Luz que fez me mãe
Cresceu, floriu e fez se árvore
Árvore que ama e salva vidas

De Elise para Pedro

26/09/22



sábado, 24 de setembro de 2022

1554 - Companheirismo

Companheirismo
São mãos entrelaçadas unindo
Caminhos e olhares
Juntos

Companheirismo
São mãos entrelaçadas unido
Estradas rumo a um único horizonte
Juntos

Companheirismo
São mãos entrelaçadas entre mundos
Ligando caminhos nos sonhos
Juntos

Companheirismo
São mãos entrelaçadas no coração
Estradas paralelas rumo e um único horizonte
Juntos

De Elise para Rosemberg

sexta-feira, 23 de setembro de 2022

1553 - Pensamentos

Os pensamentos escritos viram versos
A gritarem "amo te"

Nas entrelinhas estão dois corações
Bailando por entre sonhos de amor

As palavras disfarçam a saudade
Deixando que as lembranças reinem

Lembranças são pensamentos em versos
Declamando "amo te"

As entrelinhas são um universo paralelo
Onde o amor e o sonho se unem para bailar

Palavras de saudades bailam e sussurram
Deixando o passado pulsar suas poesias

De Elise para Rosemberg


quinta-feira, 22 de setembro de 2022

1552 - Olhar

 

O olhar é acolhedor
O olhar é mão de luz estendida
Um único e primeiro olhar é capaz de selar toda uma trajetória.
O olhar são fagulhas da alma que fortalecem

De Elise para Rosemberg

sexta-feira, 16 de setembro de 2022

Escritor

O escritor que não escreve
É pássaro na gaiola
O sonho e o amor geram palavras
E as palavras refastelam se no papel
Libertando sentimentos sem limites
O escritor que escreve
É pássaro sem ciclo
Sua primavera é no outono
E seu verão no inverno
Sua vida não possui endereço ou regras
Seu destino é a imensidão sem horizonte
Porque sonho e amor formam um par de asas
Livres a voarem num mundo paralelo

De Elise Schiffer

16/09/22

1546 - Chuva

Hoje o dia amanheceu chuvoso
Chuva, chuva, fique com o amor
Chuva, chuva, não vá embora
Bem de mansinho e especial
Esta chovendo lembranças

O amor pôde...
Bailar ao som de cada lembrança
Ter seu corpo misturado aos momentos vividos
Sentir o aroma do amor nas gotas vindas do céu
Ver o arco íris através do anel da união

Hoje o dia entardeceu chuvoso
Chuva, chuva, fique com o amor
Chuva, chuva, não vá embora
Bem de mansinho a chuva encharcou a saudade
Te tanto chover lembranças

De Elise para Rosemberg

quinta-feira, 15 de setembro de 2022

1545 - Passado, Presente e Futuro

O passado e o futuro confrontam se
Enquanto o presente apenas silencia sua dor

Sem olhar para frente ou para trás
O presente agarra se as imagens irreais

Perdidos no caminho o presente e a saudade
Conversam suas insanidades

O futuro reclama do passado
Que alimenta a ebulição dos sonhos

O passado reclama do futuro
Que deseja dissipar velhos sonhos

O presente e a saudade não olham para frente
Pois vivem tropeçando no caminho sem vida

De Elise para Rosemberg

segunda-feira, 12 de setembro de 2022

1542 - Ainda juntos

As vezes me pego sorrindo de nossas lembranças
São todas ótimas
Há dias que cantarolo ao lembrar de você nos meus sonhos
Sua luz reflete em mim
Muitas vezes meu coração pulsa nos lugares só nossos
Nossa presença é forte
O amor sobrevive a morte
Amor é luz a dissipar a escuridão
Ao partires apenas tu mudaste de lado
Temporariamente
Então resolvi juntar tudo e traze ló para dentro de mim
Sua vida assegura minha vida
Mantendo o vivo em mim até que eu possa ir
E voltar a viver plenamente

De Elise para Rosemberg

sábado, 10 de setembro de 2022

1540 - Onde estamos?



Onde tu estais?
Onde eu estou?
Estais acima ou abaixo?
Estou abaixo a olhar para cima.
No espelho sagrado do multiverso
Tu não tens reflexo
Eu não tenho imagem a refletir
O que tu tens?
O que eu tenho?
Lembranças encrustadas na alma
Sonhos como elos infinitos
E lágrimas salobras a temperar o tempo

De Elise para Rosemberg

quinta-feira, 8 de setembro de 2022

1538 - Estrela matutina

Fui terra...
Foste céu...
Fomos horizonte...
Onde céu e terra se uniam
Num espaço infinito

Fui terra...
Foste céu...
Fomos horizonte...
Sua mão celestial amparava me
Derrubando barreiras do passado

Fui terra...
Foste céu...
Fomos horizonte...
Sua luz reluzia e aquecia meu caminho
Desabrochando as sementes do amor

Fui terra...
Foste céu...
Fomos horizonte...
Flutuamos juntos nos sonhos
Guiados pelas estrelas do seu céu

Fui terra...
Foste para o céu...
Ficamos sem horizonte...
Você partiu
Deixando me morta

Fui terra...
Foste para o céu...
Ficamos sem horizonte...
Hoje fincada na terra
Busco por ti na estrela matutina

Fui terra...
Foste para o céu...
Ficamos sem horizonte...
Busco por ti antes do amanhecer
Porque nos sonhos posso sussurrar
- Volta pra mim.

De Elise para Rosemberg

terça-feira, 6 de setembro de 2022

1536 - 06/09/1952

Parabéns ao mundo
E a todos que viveram ao seu lado
Nesta data inesquecível
Onde sua luz desceu a terra
Todos fomos muitos felizes
Durante os seus anos de vida
Parabéns para mim
Que vivi ao seu lado por décadas
Esta data especial não perdeu seu brilho
Sua luz ainda brilha em nossos corações
Vivi plenamente feliz ao seu lado
Hoje sou feliz com nossas lembranças
Parabéns a nós dois pelo amor que nos uniu

De Elise para Rosemberg


segunda-feira, 5 de setembro de 2022

1535 - Entender

Temer a liberdade e mesmo assim ficar a deriva.
Relembrar que em par a vida é colorida.
Hum!
Entender...
Não vivemos duas vezes a mesma felicidade.
O sol precisa da lua.
A lua das estrelas.
As estrelas da imensidão.
O amor do companheirismo.
Eu de você.
O tempo é pouco quando amamos.
No fim resistem só as lembranças e a saudade.
Prolongando o tempo do amor nos sonhos.

De Elise para Rosemberg

domingo, 4 de setembro de 2022

1534 - Restou

Restou fingir que tudo vai bem
Escondendo a saudade na masmorra da alma
Murmurando o mantra "para sempre"
Excluindo "acabou" do dicionário da vida
Encobrir o brilho do sol para negar a vida
Camuflar o brilho das estrelas negando os sonhos

Restou fingir que tudo vai bem
Aguardando o amor para secar as lágrimas
Caminhar suplicando pelas mãos do amor
Descer do pedestal da cumplicidade e seguir só
Peregrinar murmurando o mantra "para sempre"
Porque o amor um dia acreditou em sua metade

De Elise para Rosemberg


sexta-feira, 2 de setembro de 2022

1532 - Onde...

Onde vive a fortaleza que abriga?
Onde está o braço forte que protege dos medos?
Onde está a luz do amor que ilumina as trevas?
Onde?
No caminho solitário a procura da fé.
No laço da saudade a enforcar a esperança.
Na escura viela rumo ao abismo.

Onde esta a morte?
Onde está a religião que consola?
Onde está a primeira estrela do firmamento?
Onde?
Enfeitando se de carmim para seduzir os sonhadores.
Nas entrelinhas sagradas das palavras de Deus.
Nas doces lembranças que embalam o presente sem futuro.

De Elise Schiffer






quinta-feira, 1 de setembro de 2022

1531 - Estrela do meu céu

Estrela do meu céu...
Seu brilho
dissipou as trevas do meu horizonte
O medo e a dor
fugiram dos meus sonhos
Iluminada por sua luz
valeu a pena caminhar
Ter você perto
era a certeza de viver renascida
Onde o céu toca a terra
no horizonte iluminado
Pela luz brilhante
do seu olhar
O amor amputado não apagou
as palavras e os sonhos de nós dois
Porque a luz do seu olhar
ficou a iluminar minhas noites
O encanto do seu brilho
ficou comigo dia e noite
Perto ou longe
nossos elos são as lembranças
Que vivem
juntinho de mim
Estrela do meu céu...

De Elise para Rosemberg

quinta-feira, 25 de agosto de 2022

1524 - Há pessoas

Há pessoas
que saem de nossas vidas
antes mesmo de entrarem
Porém...
Há pessoas
que ficam
antes mesmo de entrarem
Pessoas que usam o olhar
como marco inicial
Pessoas que transformam
lágrimas em doces sorrisos
Pessoas que nos fazem
viajar sem planos ou destino
Entretanto...
Há pessoas
que desembarcam
da viagem antes do fim
Deixando seu par seguir
apesar da poltrona ao lado vazia
O trem encerra sua viagem
ao chegar no fim do trilho
E o viajante solitário
não sabe como seguir
e quem desceu como voltar
Contudo...
Há pessoas
que esperam o retorno
de quem não foi até o fim
Sentado na estação do passado
aguardando com saudade
Na certeza do abraço apertado
do reencontro
E assim seguirem juntos
na viagem da vida eterna

De Elise para Rosemberg

quarta-feira, 24 de agosto de 2022

1523 - Segurar

Amanhecer na ilusão do pretenso acolhimento
Sorrindo
Estar feliz apenas com a fagulha de uma lembrança
Imaginando
Na penumbra silenciosa da noite
Sobressalto
A mão amedrontada busca sua roupa para segurar
Agarrar
O pânico causado pelas trevas do passado apavoram
Lembranças
O amor busca segurança no companheirismo acolhedor
Ternura
Segurar sua roupa sempre foi um pedido de amparo
Proteção
Mais que proteção, sempre foi e é amor que acolhe e cuida
Só amor

De Elise para Rosemberg

segunda-feira, 22 de agosto de 2022

1521 - Acalento do subconsciente

No auge da loucura a dor perde suas forças
O subconsciente afaga a dor da saudade com sonhos
No toque suave de imagens vividas criando miragens
Onde crescem lírios amarelos no jardim da casa ilusória
Conversas por cômodos conhecidos abrandam a ausência
Os pés solitários percorrem o jardim inacabado
Eis que o subconsciente concede o desejado
Ao longe o Amor vem chegando coberto por linho
A dor do abandono retira do caminho Esperança
Longe do jardim inacabado Esperança se isola
O Amor aproxima se e Esperança pede um diálogo
O subconsciente caprichoso acalenta a dor que sangra
Concordando que o Amor abrace e beije Esperança
Esperança entende que está enlouquecendo
Depois de tanto tempo o abraço e o beijo são piedades
O subconsciente manipula arquivos engavetados
Permitindo que o bom, o muito bom sejam clementes a dor
O Amor coberto em linho esqueceu se da vida
A vida onde vive Esperança dos lírios amarelos

Elise

domingo, 21 de agosto de 2022

1520 - Segunda morte

- Eu estou cansada da solidão!
O amor, o cuidado e o companheirismo faziam falta.
Eis que o amor chega e como luz dissipa as trevas
Tudo torna se bom, suave e vida
São 23 anos de luz
Luz que aquece, dá vida e purifica os pecados
Até que o amor adoece e morre
É a primeira morte

- Eu estou cansada da solidão!
O amor, o cuidado e o companheirismo se foram
Desesperada quem fica agarra se as lembranças
Tentando manter um elo com cartas (1220) e poemas (557)
Fingindo para si própria que o amor vive
Sonhos reafirmam a separação que são negados dia a após dia
Enfim o pingo chega a letra e a realidade se faz viva e dói
É a segunda morte

- Eu estou caminhando na solidão!
A saudade, as lembranças e o amor não criaram um elo
Quem partiu libertou se para caminhar rumo a evolução
Resta a certeza de que a solidão de hoje será a de amanhã
Guardar as lembranças na alma para reviver o que foi bom
Vibrar gratidão por cada momento vivido
Entregar se ao gólgota da solidão

- Apenas aguardar a morte!

Elise

sexta-feira, 19 de agosto de 2022

1518 - Palavras

Palavras que formam elos
Eternizando a história da saudade
Com raízes profundas na alma

Palavras que formam correntes
Aprisionando o amor que se foi
Na solidão dos versos vazio do amor

Palavras sem leitor ou pronuncia
Agonizam no limbo da solidão
Clamando pelo amor que se foi

De Elise para Rosemberg

domingo, 14 de agosto de 2022

1513 - Sem Lenço e sem Documento

Caminhando...
Sem lenço e sem documento
Incógnita para o amor companheiro
Trilhando caminhos áridos e solitários
Até ser enlaçada pelo seu olhar
Neste laço sem nó me perdi
Sem buscar saída ou novos rumos
Permiti me mergulhar no amor sereno
Deixando o tempo ditar as estações
O amor ardeu no nosso verão...
Seu olhar refrigerava meus sonhos
Nosso amor germinou na primavera...
Seu olhar regava o jardim da esperança
No outono entrelaçamos nossas raízes...
E seu olhar fortaleceu nossa fé na caminhada
O inverno veio sem piedade destruindo a vida...
Sem seu olhar tudo é vazio e sem luz
Caminho...
Sem lenço e sem documento
Incógnita para a felicidade
Disfarçando a dor

De Elise para Rosemberg

sexta-feira, 12 de agosto de 2022

Fim de um sonho

No ano de 2003, há 19 anos, aos 45 anos de idade, resolvi caminhar no sonho literário. Deixando assim que estranhos pudessem ler linhas e linhas preenchidas ao longo de uma vida pautada em papel em lápis. 

Romances, contos, poesias e até mesmo uma peça para teatro. Assim propus leituras que na verdade não interessavam a ninguém físico ou jurídico.

Ao longo dos anos, o sonho cresceu e eu passei a buscar espaço para meus livro. O caminho foi de busca, pedidos e oferecimentos, como se meus escritos fossem desonrados diante de outros escritos.

Hoje aos 64 anos descobri a importância em usar o "ponto final".

Os sonhos tem data de validade, porque a realidade grita alto assustando o sonhador.

Eu acordei...

Escrever é um prazer. Nunca deixarei de escrever. Publicar não mais. Estar em Feiras ou Salões Literários nunca mais.

Eu amo cada personagem como a um filho. Respeito cada linha ou entrelinha escrita por mim, porque eu sou escritora de coração.

Elise


quinta-feira, 4 de agosto de 2022

Festa das lembranças

Festejar o aniversário com memórias sobre a mesa
O cenário cor de carmim reflete o passado intenso
A música suave abranda a saudade do presente 
O primeiro olhar que selou sonhos num único sonho
Recados anotados eram motivos para conversarmos
O telefone no dia das mães tão esperado
O encontro eterno na Quinta da Boa Vista
A declaração de amor e a tremedeira de nervoso
O primeiro beijo roubado num simples ponto de ônibus
Os passeios sem compromissos após o trabalho
O primeiro cinema no Tem Tudo de Madureira
Nosso primeiro momento
Nossa viagem a Rio das Flores com as crianças
Nosso passeio no Convento de Santo Antônio
Nossos passeios para que lesse algarismos romanos dos prédios
Nossa viagem a Belo Horizonte só nós dois
Nossa ida a Petrópolis com as crianças
Nossa ida a Petrópolis só nos dois
Nosso passeio a Niterói na Ponte dos Amores
Nosso passeio a todos os museus do Rio
Nosso passeio a uma praia em Niterói - ?
Nosso passeio na estação futuristas em Niterói -  Barca
Nossos passeios ao Shopping de Niterí para andar de Barca
Nosso passeio em Paquetá
Nossos passeios ao Pão de Açúcar com as crianças e depois com o Berguinho
Nosso passeio ao Corcovado
Nossos almoços no Shopping
Nossas Feiras Literárias em poços de Caldas
Nossas Feiras Literárias em Sta. Maria Madalena
Nossa Feira Literária em Belo Horizonte
Nossa Feira Literária na Ilha do Governados
Nossa ida ao Forte Copacabana
Nossa ida ao Museu Conde Linhares
Nossa mudança para nosso porta Joías em Vaz Lobo
Nossa mudança para o apartamento
Nossa viagem para Campinas no Hopi Hari e outros lugares
Nossas excursões aos sítios com piscina (muitos)
Nossa viagem cancelada porque eu esqueci os documentos (Holambra)
Ficarmos grávidos juntos e você passar mal rsrs
O nascimento do nosso filo
O batizado inesquecível e bolo duro rsrsrs
A festa de um ano que você fez com todo esmero e amor
Minhas idas de ambulância para o hospital com dor de cabeça
A calça que eu cortei a perna por engano e foi fora
A cueca de boquinha
O anel de prata que você comprou pra mim que uso ate hoje
O anel de ouro que você me deu no 1 aniversario em vaz Lobo
O cordão de ouro que você me deu
Quando dormíamos no chão e éramos felizes
Quando ganhamos a cama que foi dos seus pais e adoramos
Tudo preencheu meu dia
E assim meus 64 anos foram comemorados
Saudade é coisa de quem foi feliz


sábado, 30 de julho de 2022

1498 - Sonhos

Aglomerar lembranças
Tendo a certeza dos bons momentos
Chorar permitindo regar as saudades
Na esperança que o vazio floresça em sonhos

E sonhar...

Reunir o passado com o presente
Jogar conversa fora por breves momentos
Sussurrar com olhares indiscretos
Na esperança que o amor desabroche em sonhos

E sonhar...

Caminhar no delírio tornando-o real
De tal forma que a loucura torna se o caminho
Libertando o amor do subconsciente
Para viver o pleno florescer dos sonhos

E morrer sonhando...

De Elise para Rosemberg

domingo, 24 de julho de 2022

1492 - Bouquê de beijos

Envio te um bouquê de beijos
Em cada beijo
segue toda minha saudade
Segue junto
minha conexão emocional contigo
Beijo te as mãos
por estarem entrelaçadas as minhas
Beijo te os olhos
por brilharem admiração por mim
Beijo te o coração
por cada pulsação no meu compasso
Beijo te o peito
por cada aconchego nos momentos de carinho
Beijo te os braços
por cada abraço que uni nossos corpos
Beijo te os pés
por guiar me por lindos caminhos
Beijo te as bochechas
que reluzem a cada sorriso em minha direção
Beijo te a nobreza de seu caráter
ao longo de nossa estrada cheia de percalços
Beijo te a capacidade de amar
buscando sempre o melhor de cada situação
Beijo te a esperança
que nunca nos faltou em cada amanhecer
Beijo te a paciência
ao lidar com as arestas da vida
Beijo te a alma nobre
que foi capaz de unir se a uma alma pobre
Por fim envio te um bouquê
perfumado com o meu amor

De Elise para Rosemberg

quinta-feira, 7 de julho de 2022

1474 - Instantes

Há instantes
Da vida
Tão sagrados
Que eles próprios
Se recusam a morrer
Assim o passado
Vive no presente
Espreitando o futuro
Elise
06/07/22

sexta-feira, 1 de julho de 2022

1468 - Vencer a solidão

Preservar os momentos a dois
e transforma los em poemas
Esconder nas entrelinhas
beijos e desejos nas trocas de olhares
Ter os abraços ainda quentes
junto a carcaça que definha
Permanecer no mesmo lugar
onde a mente sonha e a alma busca
Ter seu tempo ansioso
correndo em busca do fim
Somente no fim
o beijo e o abraço não terão ciclos
Vagarosamente
o amor se apaixonará diariamente
O vento entonará melodias
a viajar entre vivos e mortos
Declamando versos
que falam da força do amor
A morte não violenta o amor
que vive nos neurônios do coração
Corações fragilizados e separados
tornam se indomáveis e fortes
Porque só os fortes vencem a solidão
preservando o amor com poemas

De Elise para Rosemberg

quarta-feira, 29 de junho de 2022

1467 - Viver no sonho

Desmistificar um sonho
Retirando a esperança
E deixando apenas o nada
É caminhar sem felicidade

Loucos os que sonham
Felizes os que amam
Loucos e felizes são os poetas
Que sonham dia e noite

Os poetas persistem nos sonhos
Andam de mãos dadas com a loucura
Num ir e vir ao amor vivido
No passado cativo dos deleites

Persistir nos sonhos
Retornando aos episódios
Onde o amor é vivo
E o céu tem estrelas 

Sobreviver nos sonhos
Onde o passado tem luz
Danças e balburdias
E o ano todo é primavera

Fincar a alma nos sonhos
E quando bater a saudade
Escrever cartas ao presente
Relatando a felicidade viva

Habitar nos sonhos
Até o descanso final
Retornar o corpo ao presente
Com o sorriso dos apaixonados


De Elise para Rosemberg

domingo, 26 de junho de 2022

1464 - Ponto final

 

O que escrever após o ponto final?
Uma nova história
com retoques do passado
ou...
Seguir negando o fim
mesmo trilhando no vazio.
Insistir...
Sem um depois
resta viver de sonhos.
Expectativa...
Aumentar a fé na persistência,
ciente que não.
Declamar palavras
que só os vivos ouvem.
Orar sem credulidade
num presente sem futuro.
O ponto final
é uma esquina sem iluminação.
Esperança...
Manipular o subconsciente
trazendo sonhos a seu favor.
Fingir haver um elo
que preencha o vazio.
Amar por dois
havendo somente um.
Caminhar no passado
sem usar virgulas no presente.
Aguardar...
Fingir e mentir
que o ponto final não findou a poesia.
Usar poemas
com versos vazio de dois.
Ser um
negando o que sobrou do par.
Chorar calada
escrevendo dias sem o ponto final.

De Elise
Para Elise

quinta-feira, 23 de junho de 2022

1461 - Luto e espera (4 anos)


Qual o período do luto?
Não há cronologia capaz de estimar um tempo.
O rompimento sem permissão rasga sonhos,
Dilacera o corpo incapaz de morrer.
O tempo segue implacável...
1461 é um numero especial.
4 anos...
Número onde a saudade já sorri,
Lado a lado com as lembranças.
A dor diluiu-se e as lágrimas são escassas.
O amor sobrevive embalado em palavras
Formando versos que o tempo não lê.
Qual o ciclo do amor?
Não há cronologia capaz de estimar o infinito.
A fenda sem permissão não despedaça o amor,
Somente revigora a nascente das lembranças.
O tempo segue implacável...
1461 é um numero especial.
4 anos...
Número onde a saudade crê num depois,
Lado a lado com passado e futuro juntos.
A dor transforma se em espera confiante.
O amor é saciado com poemas e cartas
Formando um elo que o tempo não conhece.
Qual o ciclo do amor?
O olhar cruzado enlaçando almas solitárias.
Mãos dadas que abraçam sonhos de dois,
Corpos que desbravam o amor companheiro.
Continuar vivo um no coração do outro...

De Elise para Rosemberg



sexta-feira, 17 de junho de 2022

1455 - Legado

Ao partires...
Seu legado 
Foram as flores semeadas
Nos corações apaixonados
O vazio ficou adormecido
Pelas lembranças que deixastes
Flores do passado
Perfumam nossos dias
Ao partires...
Não deixastes de existir
O corpo retornou ao pó
E o amor manteve se vivo
O olhar sem sua imagem
Mantem se confiante
Ao recordar seu olhar iluminado
Que ainda ilumina nossas estradas
Partistes...
E hoje nosso jardim
É só floradas
O florir do nosso amor
O florir do nossos sonhos
Somos corações separados
Ligados na estação que vive
A saudade...

De Elise para Rosemberg

quarta-feira, 15 de junho de 2022

1453 - Escritor

Todo escritor é imortal
As palavras e os versos borbulham
Na fonte inesgotável dos sonhos
Sonhar é a essência do seu ser
Seu mundo é paralelo ao dos demais
A dor e o amor são exagerados
Muito é pouco aos escritores
Superlativo é o seu normal nos prazeres
Assim caminham os amantes da eternidade
Suas palavras são eternas
Seus amores inesquecíveis
Seus sonhos são eternos
O escritor é imortal nas entrelinhas da paixão

De Elise Schiffer