Você foi o lápis
a desenhar nossos sonhos
Seu amor foi a borracha
que apagava os medos
Os versos registravam nossa união
com anotações em página em branco
Juntos poetizávamos o presente
escrevendo o dia a dia do nosso amor
Anotações escritas viraram passado
deixando rastros de pétalas perfumadas
Páginas em branco recebiam planos
traçados para um futuro de união
Felicidade...
Amor sereno...
A morte levou o lápis
que desenhava sonhos
A borracha do amor
não apaga mais os medos
Versos não são mais escritos
páginas em branco permanecem vazias
Folhas escritas que viraram passado
hoje perfumam a solidão com suas pétalas
O presente vive a ler anotações do passado
e o futuro não consegue ser traçado
Saudade...
Amor confiante...
De Elise para Rosemberg
