Mil dias...
Os olhos não lacrimejaram
A alma não esperneou
O céu não chorou
A rotina foi a mesma
Mil dias...
A dor disfarçou se em risos
A solidão rotineira agitou se
O tempo foi vagaroso
A dia aquietou se na fé
Mil dias...
A casa vestiu se de silêncio
Perfumou se com as lembranças
Enfeitou se com o anel das bodas
A espera da campainha tocar
Mil dias...
A espera foi inútil
O amor não veio
O dia virou noite
E o tempo apressou se
Mil e um dias...
De Elise para Rosemberg