na espera da suplica ser ouvida.
Ouvida por mim
que sou um Deus errante.
Errante por amar demais
e não morrer de saudade.
Saudade que chicoteia
a carcaça fétida que agoniza.
Agonizar dia após dia
tendo apenas o passado vivo.
Vivo é o amor
que pulsa sem conhecer o tempo.
Tempo inimigo
que corre em lados opostos.
Opostos que não cruzam
o mesmo horizonte.
Horizonte que agoniza
seu poente sem nascente.
Nascente no lado morto
a espera de oração sem fé.
De Elise para Rosemberg.