Unidade ao nascer vive fases de adição.
Na adolescência aprende o sentido da subtração.
Na fase adulta descobre o sentido da multiplicação.
A velhice chega e a divisão é quem dita as regras.
Unidade antes solitária, virou par e conjunto.
Hoje o numeral da vida é dividido, repartido e fracionado pela dor.
A base Um que virou par, já foi valor expressivo para o amor.
Esse valor fortalecido hoje sofre ao ser dividido.
O que sobra na divisão da vida é um resto infinito.
Resto que teima em ficar preso ao dividendo que era forte.
Não há como chegar a um valor final.
Preso ao dividendo do passado o resto não vislumbra futuro.
Hoje o quociente é sem expressão.
Apenas um resto infinito que teima em reviver dias de dividendo.
De Elise para Rosemberg.
Livro Montanha de Rosas V.
310.