quinta-feira, 27 de fevereiro de 2025

2439 - Paraíso dos ateus

 

A Loucura
É o paraíso dos ateus.
Sem crença o seu ópio é a Loucura.
A fuga perfeita para sanar dores.
Colorir a realidade incolor.
Permitir mudanças sem fraquezas.
A Loucura é necessária no embate diário.
Os religiosos não enlouquecem,
Simplesmente transferem tudo para Deus.
No vício confortante da terceirização das dores.
No paraíso dos religiosos,
Deus enlouquece com tantas petições.
Sendo obrigado a fugir por vezes
Ao paraíso dos ateus.

Elise Schiffer

terça-feira, 25 de fevereiro de 2025

2438 - O tempo

 



O tempo…
É traiçoeiro.
Na espera aflige a alma,
Tornando a vida um grande teatro.
Um minuto narra mil lembranças,
Dos dias que tudo foi azougue.
Décadas tornaram se lampejos de vida,
E o hoje fazem se grilhões de dores.
O tempo…
É perspicaz.
Manipula risos e dores com prazer,
Conduzindo o teatro da vida com maestria.
A alma sábia aprende a amar,
Na caminhada de perdas e saudades.
O coração entrega se aos sonhos,
Terra onde o tempo não consegue reinar.

Elise Schiffer

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2025

2437 - Rogar e Aguardar

 


Rogar humildemente
aguardando o empenho do pai.
Rogar por si próprio
buscando seu Deus interior.
Rogar que a saudade
seja saciada por um sonho.

Aguardar o sonho
com a pouca fé milagrosa.
Aguardar as lembranças
ocuparem o espaço da solidão.
Aguardar que o Deus interior
realize suas rogativas.

Rogar e aguardar com pouca fé
desejando um milagre do pai.
Rogar e aguardar o fim da solidão
com o florescer das lembranças.
Rogar e aguardar o sonho saciador
que traga o milagre de um abraço.

Elise Schiffer para Rosemberg

domingo, 23 de fevereiro de 2025

2435 - Como?

 

Como desaprender a amar?
Se a saudade revive as lembranças.
Se as lágrimas deságuam dor.
Se o amanhecer perdeu o sol.

Como respeitar a morte?
Se ela subtrai sem consentimento.
Se debocha ao manter parte viva.
Se não considera o amor vivido.

Como aprender a viver só?
Se a mente trás o amor no café da manhã.
Se ao caminhar buscamos o braço amado.
Se o perfume ainda vive na casa.

Como respeitar a vida?
Se não há mais sonhos.
Se tudo perdeu seu valor nos dias.
Se ao orar suplicamos pelo fim.

Elise Schiffer

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2025

2434 - Saudade e Solidão

 


A saudade embala a solidão.

É bom demais
Ter um passado para visitar
Em sonho.
É bom demais
Ter vivido uma história de amor
Que respira no presente.
É bom demais
Ter saudade que não cura
Atestando a felicidade vivida.
É bom demais
Ter esperança de um encontro
Na loucura que engana o vazio.

A saudade embala a solidão.

O que fazer agora
Se o caminho é sem chegada
Só há estrada a frente.
O que fazer agora
Se o tempo tenta apagar
Descolorindo e emudecendo tudo.
O que fazer agora
Se morrer não é possível
Restando sofrer em silêncio.
O que fazer agora
Se caminho sem norte
Em sua direção.

A saudade embala a solidão.

Elise Schiffer para Rosemberg

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2025

2431 - Prioridades

 


A palavra PRIORIDADE
Tem definições distintas,
Dependendo do coração
Que a escreve.

Quando um filho pede
Algo a seus pais.
O pedido passa a ter
PRIORIDADE.

Caso não consigam atender,
Os pais colocam se de joelhos
E pedem a Deus
Amparo e ajuda ao filho.

Quando pais pedem algo aos filhos,
Em momentos raros,
O pedido dos pais nunca são
PRIORIDADES.

Tudo vem antes, porque
Pais não tem problemas,
Medos ou saudades.
Pais são apenas via de mão única.

Elise Schiffer

Jornada

 

Pelejar ao nascer,
Chorar marcando território,
Engatinhar ampliando horizontes.
Batalhar diariamente,
Conquistando e perdendo,
Em frente dia após dia,
Aprendendo e aprimorando.
Preservar tesouros
Ao longo da estrada,
O amor cultivado
E a sabedoria aperfeiçoada.
Guerrear e caminhar,
As vezes tropeçar,
Vivendo plenamente
Na ignorância do fim.
Viver a contagem regressiva,
Amando somente,
Até o suspiro derradeiro.
Elise Schiffer
19/02/2014

2431 - Perto e Longe




Há dias...
Que a mãe terra olha para o céu,
Desesperançada pela solidão.
Neste instante...
Observa a lua no céu,
Na manhã de um belo dia de sol.
Sol e lua por vezes,
Dividem o mesmo céu.
Observam se, admiram se.
Encantam se e respeitam se.
Mesmo a distância.
A mãe terra entendeu.
Amor e amizade são assim,
Independem do espaço.
Basta que o outro esteja bem.
Para o coração alegrar se.
Então a terra olhou ao redor
Percebendo que fazia se só
Vivendo só por não olhar a sua volta.
Seus amores estavam
Distantes em espaço
Porém perto do coração
E a sua volta à vida pulsava.
Bastava ter olhos para observar.
Coração para amar
E mãos para cuidar.
Tudo está perto e longe
Mas dentro do coração.

Elise Schiffer

18/02/25 

sábado, 15 de fevereiro de 2025

2428 - Meus escritos

 


Ao ler as palavras que escrevo,
O leitor só encontrará você,
Minha Montanha de Rosas.

Não há palavras sem nó,
Porque prendo me a você
Fingindo que podemos manter um elo,
Nas entrelinhas da paixão.

Ao ler os versos que escrevo,
O leitor só encontrará você,
Minha Montanha de Rosas.

A ilusão faz me fingir felicidade,
Pois não há paz longe de você.
O tempo corre levando-o para longe.
Tirando-o de mim.

Ao ler as poesias que escrevo,
O leitor só encontrará você,
Minha Montanha de Rosas.

O afastamento sem consentimento,
Abafa sua voz nos meus ouvidos,
Desbota as lembranças da mente.
Camufla o vazio que reina.

Ao ler os contos que escrevo,
O leitor só encontrará você,
Minha Montanha de Rosas.

O amor sobreviveu na loucura,
A saudade destrói os sonhos,
E nem assim esqueço de Nós,
Porque sou mais louca que a loucura.

Ao ler os romances que escrevo,
O leitor só encontrará você,
Minha Montanha de Rosas.

Minhas palavras tocam os céus,
Desejando lhe felicidades,
Assim podemos estarmos juntos,
Em palavras, versos, poesias e cartas.

De Elise para Rosemberg

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2025

2427 - Sobrou solidão

 


Ter saudade é muito ruim.
Não se pode fugir do que foi vivido.
Aprendemos a viver com a ausência.
No presente da alma está gravado,
“Nós”
No presente real está gravado,
“Solidão “
A dor passa e as lágrimas secam.
A felicidade desaparece do horizonte.
Quem fica torna se metade.
“Terra sem céu”
“Céu sem terra”
Pudesse iria na garupa do vento,
Só para abraça ló e novamente sermos,
“Nós “
Num longo e terno abraço.
De um coração que não adormeceu.
Restou me trazer o passado nas palavras.
Formar versos encantados
E poesias que abraçam
O passado com ternura.
Restaram muitos dias sem você

De Elise Schiffer para Rosemberg

2427 - Sem destinatário

 



Restou reviver o passado
Com palavras de saudades,
Versos encantados pelo amor,
Poesias que abraçam dois.

Restou muitos dias de solidão.
As palavras por companhia,
Entrelinhas ocultas nos versos,
Poesias abraçando metade,

Restou dias de total solidão.
Palavras sem destinatário.
Versos que nunca serão ouvidos,
Poesias vazias do inspirador.

Elise Schiffer para Rosemberg

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2025

2425 - Clamor

 


DEUS onde tu estas,
Diante das súplicas,
Dores e sofrimentos
Dos aflitos?

DEUS o livre arbítrio,
O insentaria
Das responsabilidades
Sobre lágrimas e ranger de dentes?

Deixar seus filhos sozinhos,
Esperando que evoluam,
Pelo chamado da dor
Não será prazer no infortúnio alheio?

Ou o homem rastejou iludido
E não há nada maior
Nos falsos ensinamentos sagrados,
Havendo apenas espertalhões?

DEUS o que tu fazes
Para punir os poucos exploradores
E amparar os famintos
Na seara das dores humanas?

Será a fé os grandes muros
Do curral humano,
Para controle e manipulação
A favor dos exploradores?

Elise Schiffer

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2025

2425 - Velhice

 


Na velhice.
A linha de chegada,
Quanto mais perto,
Mais distante fica.

Na velhice.
O corpo cansado fraqueja,
Os pés seguem naturalmente,
E o coração vive acelerado.

Na velhice.
Amar e orar são abundantes.
Saudades dançam nas horas vazias,
O silêncio torna se companheiro.

Na velhice.
Aguarda se a morte com ansiedade,
Tal qual na juventude,
Aguardava se o primeiro amor.

Na velhice.
A vida torna se um fardo,
Pendurado na corcunda,
Despida de esperança.

Elise Schiffer

terça-feira, 11 de fevereiro de 2025

2424 - Flores e Nuvens

 


As Flores do meu jardim
Olham para o meu céu sonhando.
As Nuvens do meu céu
Olham para as Flores sonhando.
Sonhando e amando
Flores e Nuvens se completam.
As cores e o perfume das Flores
Sobem buscando as Nuvens.
As Nuvens cedem sombra e água
As Flores que tanto amam.
O amor é vivo mesmo distante
Porque é alimentado por sonhos.
Sonhar é buscar e esperar
Na caminhada árdua da vida.
Sonhando abrimos possibilidades
Para que a esperança preencha os dias.

Elise Schiffer para Rosemberg

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2025

2423 - Oração

 


Oração.
Mente e coração interligados.
Instantes de puro êxtase.
Oração.
Hora de agradecer e suplicar.
Por desejos atemporais.
Oração.
Lembranças vivas flertando com o passado.
Vibrando gratidão e súplicas para o futuro.
Oração.
Unindo lembranças e saudades.
Num único desejo - Haja um depois.
Oração.

Elise Schiffer para Rosemberg

domingo, 9 de fevereiro de 2025

Família

 



Lembrar de todos os elos
Que viveram antes de mim..
Pensar em todos os elos
Que virão depois de mim.
Elos eternos
Chamados Família.
Mudanças constantes
Impulsionam a vida,
Atada aos elos
Dos corações.
Elos eternos
Chamados Família.
A liga dos elos é o amor
Forjado no fogo brando
Da simples vivência.
Amor que transforma
O dia a dia
Em plena felicidade.
Elos eternos
Chamados Família.
Momentos eternos
São de pura simplicidade.
Celebrar a vida,
Confirma minha certeza
Nasci para ser "Mãe".
Mãe que entrelaça vidas,
Nos elos eternos
Chamados Família.

Elise Schiffer
09/02/2015

2350 - olhares diferentes

 

Tudo na vida depende dos olhos de quem vê,
assim nascem os contos, os romances e as poesias.

Olhar normal:
O sol maltrata o mamoeiro que resiste ao tempo.
Olhar poético:
O sol de tão apaixonado pelo mamoeiro, o cobre com seus raios todos os dias.

Olhar normal:
As nuvens se atraem formando uma imensa nuvem de duas cores.
Olhar poético:
As nuvens sem pudor se aglomeram formando um grupo colorido.

Olhar normal:
O céu acima todo azul abraça o mundo.
Olhar poético:
O céu envolve carinhosamente a todos com seu manto.

Olhar normal:
Os pássaros cantam longe.
Olhar poético:
Os pássaros dão boas vindas ao entardecer.

Olhar normal:
O vento sopra amenizando o calor intenso.
Olhar poético:
O vento assobia - tenham calma o calor não é tão ruim.

Olhar normal:
As flores balançam ao vento.
Olhar poético:
As flores bailam com o vento no salão chamado jardim.

Olhar normal:
Pardais e rolinhas buscam descanso no mamoeiro.
Olhar poético:
O mamoeiro oferece sua sombra e abrigo as aves.

Olhar normal:
A senhora sentada apreciando e grata a vida.
Olhar poético:
Diante da beleza da vida a senhora apenas é feliz.

Olhar normal:
A saudade angústia o coração.
Olhar poético:
A felicidade está dividida, pois metade partiu.

Assim nascem os poetas.

Elise Schiffer

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2025

2419 - Quem fica

 


O cuidado compartilhado,
É uma declaração de amor.
Porque pequenas coisas
Compõem o tesouro pós despedida,
Quem ficar será o guardião
Do amor sobrevivente.

O cuidado preservara
Palavras lidas e relidas
Nas cartas de amor,
Misturará o sal das lágrimas
Com o doce dos sorrisos,
Guardará o aroma do amor
Congelado nas fotografias
E libertará cinzas ao vento.

O cuidado com a união,
É mantido mesmo após a subtração.
Quem fica é o herdeiro
Do perfume da saudade,
Das conversas sussurradas e
Da dança solitária de dois corações.

Elise Schiffer

2418 - Palavras

 


Meu mundo está delimitado,
Nas linhas dos meus horizontes.
Não importa sua extensão,
Nele há morada para os sonhos,
Palavras andarilhas e o amor.

Meu mundo não tem leis.
É regido pelo amor as palavras.
Escrever é dar vida aos sonhos.
Deixa los caminhar
Nas entrelinhas dos meus horizontes.

Meu mundo é infinito,
As palavras o fazem magnânimo.
Permitindo florir o deserto,
Tocar as estrelas do céu
E ludibriar a morte.

Elise Schiffer

domingo, 2 de fevereiro de 2025

2415 - Homenagem

 


Homenagear alguém
É uma forma de expor o amor,
Admiração e respeito.
Usando palavras, versos e poesias.
Jurando fidelidade ao sentimento
Sem ser subserviente.
As palavras são sagradas
Ao retribuírem tudo de bom
Recebido sem interesse.
Os versos são reverências
A memória do amor
Através do termo “Merecimento”.
As poesias forjadas nas entrelinhas.
Demonstram o impacto positivo
Do amor sereno e companheiro
Na caminhada de uma vida.

De Elise para Rosemberg

sábado, 1 de fevereiro de 2025

2414 - Desça

 


Desça a terra
Para que eu não moŕra.
Amar sozinha
É sofrer em dobro.
A saudade é grande
E não entende a morte.
Pudesse seria seu samba
E ao morrer cinzas de amor.
Eu o amo
Mesmo longe dos olhos.
Desça a terra
Que eu o espero,
Com versos de amor
Cheios de nossas rosas.

De Elise para Rosemberg

2414 - Viajar na poesia

 


Saudade peço lhe desculpas,
Viajarei na poesia
Rumo as estrelas.

Subirei espalhando lembranças
Formando nebulosas de sonhos
Para o amor não me esquecer.

Antes do sol raiar
Caminharei nas nuvens
Declamando versos de amor.

O vento manso da fé
Levara para ti meus versos
No galope da poesia.

Assim estaremos unidos
Pela nebulosa dos sonhos
Enchendo o céu de amor.

De Elise para Rosemb