Finjo que não te amo
Mas você está em mim
Minto nas cartas justificando não serem suas
Gargalho para a dor blefando só haver alegrias
Sacudo os ombros para a saudade
Finjo que não te amo
Mas você está em mim
Por trás de cada pensamento
Nas lembranças de cada entrelinha das cartas
No choro asfixiado pelas gargalhadas
Finjo que não te amo
Mas você está em mim
Na dor que disfarça balançando os ombros
Nas conversas sem citar seu nome
No caminhar sem olhar seu retrato
Finjo que não te amo
Mas você está em mim
Nas palavras bordadas em forma de flores
Nos versos que entrelaçam nossas mãos
Na indiferença nos sonhos ao afastar me
Finjo que não te amo
Mas você está em mim
De Elise para Rosemberg