Mãos vazias
tateiam gavetas cheias de nós.
Abraços sem aconchego
vagam sem paragem.
Pés sem rumo
caminham no desterro do amor.
Pensamentos sem futuro
aprisionam o passado.
Dias sem noites
buscam pelo luar dos seus olhos.
Noites sem dias
procuram o calor mútuo da união.
Flores chegam
sem o toque do seu carinho.
Datas vão e vem
apesar da sua ausência nua e crua.
Eu sem você
clamando por migalhas em sonhos.
Você sem mim
em caminhos cortados pela morte.
De Elise para Rosemberg
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